Consuelo borucrático
Tudo o que de bom me
pode ser apresentado vem
de ti.
Há coisas que se podem dar,
outras apenas admirar.
A tua invulgar beleza
é assim.
Única, nua, simples, mas
de uma estética tão elaborada
que se torna dificil de
explicar.
Não consome, não domina,
apenas nos traz alegria.
Mas como toda a beleza
acaba por se transformar em
vulgaridade, só espero que
esse teu fardo chegue tarde.
Não quero algum dia ser prendado
com tal tortura.
Há ciclos que têm um fim...
E normalmente são aqueles de que mais
dependemos.
Peço-te que mantenhas ao menos essa
ingenuidade que tanto ajuda ao brilho
de tua existência.
Vasco Pompaelo*