Quero penetrar-te.
Forte.
Fundo.
Duro.
Quero olhar bem nos teus olhos
enquanto o meu sexo escava profundo
a tua alma.
Quero ver as tuas pupílas a saltar.
A respiração a atropelar o gemido.
Ver a tua cara de doce sofrimento.
E depois viro-te.
Quero cuspir nas tuas costas
e ver-te a gritar.
Ponho-te na minha posição preferida.
Como uma cadela ( que és).
Sabes bem o fascínio que tenho pelo
teu corpo e pela tua postura sem limites.
Sei que gostas e que queres
muito mais.
Eu dou-te.
Estou aqui para isso.
Satisfaço as minhas manias com
as tuas taras.
Agora puxo-te os cabelos até guinchares.
Sinto o cheiro do teu pescoço com
o meu suor sulfúrico.
Quero deixar-te com marcas profundas.
Não podes esquecer o que te dou e o que tiras de mim.
Não vais ficar em vão...
Vasco Pompaelo*
Cadáver sorridente
Foi com forte pulsação que me
empurraram contra a parede festiva.
Um preço caro a pagar por uma
necessidade vital de embarcar em
aventuras pro-estácticas.
Eu preciso deste momento de asfixia de
carácter.
Sou um mineiro que vai fundo
até no seu sofrimento.
Estranho esse desejo que me salta
das veias aos poucos e lança uma
paralesia de sentimentos.
Não quero e não vou nunca
abandonar a minha maior virtude.
O masoquismo.
É por ai que respiro toda a depressão
que sempre me guiou.
Uma busca incessante de trovoada.
Não sei viver com outra coisa.
Não posso.
Não quero.
Não sigo uma estrela como rei mago,
mas persigo uma luz que apaga todas
as minhas necessidades.
E não são poucas.
Apenas estranhas.
Só sei que quero ser um cadáver sorridente.
Anatomia de rei
Estou num plano sulfúrico
que submete para uma
altiva podridão.
Reflectida na débil
imposição moral de
um tipo de napoleão
embalado por um jumento.
Na sua doce e fina indumentária
de menino urbano moderno,
passeia esse napoleão uma
crista mais similar a
plasticina flácida expirada.
Vasco Pompaelo*
que submete para uma
altiva podridão.
Reflectida na débil
imposição moral de
um tipo de napoleão
embalado por um jumento.
Na sua doce e fina indumentária
de menino urbano moderno,
passeia esse napoleão uma
crista mais similar a
plasticina flácida expirada.
Vasco Pompaelo*
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