Foi com forte pulsação que me
empurraram contra a parede festiva.
Um preço caro a pagar por uma
necessidade vital de embarcar em
aventuras pro-estácticas.
Eu preciso deste momento de asfixia de
carácter.
Sou um mineiro que vai fundo
até no seu sofrimento.
Estranho esse desejo que me salta
das veias aos poucos e lança uma
paralesia de sentimentos.
Não quero e não vou nunca
abandonar a minha maior virtude.
O masoquismo.
É por ai que respiro toda a depressão
que sempre me guiou.
Uma busca incessante de trovoada.
Não sei viver com outra coisa.
Não posso.
Não quero.
Não sigo uma estrela como rei mago,
mas persigo uma luz que apaga todas
as minhas necessidades.
E não são poucas.
Apenas estranhas.
Só sei que quero ser um cadáver sorridente.