Concluindo.
Apenas não quero
perder mais tempo.
Psicose masoquisto-denegrante.
Obrigações morais.
Gostos sociais.
Não tenho.
Abdico de certos julgamentos.
Não fazem parte da minha vida.
Cavalgo meio perdido
mas seguro.
De mim.

Vasco Pompaelo*
Vou marinar-te no sumo
do meu líbido.
Deixo-te repousar e absorver
uma sede de me violar
incessantemente.
Sem questionar ou mesmo hesitar
na liceração do membro central.
Confinado a esta doença que adoro,
partilho a alegria de sustentar
o impulso.

Vasco Pompaelo*

Definitivamente

Já decidi.
Já compreendi.
Não quero isto para o resto
da minha vida.
Disso estou certo.
Sou um espirrito que precisa
de liberdade.
Não tenho capacidade para ser feliz
e ter uma vida onde me sinto asfixiado.
Não me sinto feliz e
duvido que alguma vez o vá verdadeiramente
ser aqui.
A falta de um egoísto produtivo
aliado a um espírito destrutivo
arruina-me.
Quando se escolhe uma
vida a partilhar é
uma opção feita para
ganhar.
Não para perder.
Não tenho certas qualidades.
Mas também não quero mais defeitos.
Aplico quase tudo que posso,
quase tudo que quero,
mas não consigo.
Não consigo ser nem fazer-te feliz.
E no meio disto tudo nem consigo perceber
o que tu queres.
Não quero abusar.
Apenas disfrutar.
Nunca renegar.
Calmamente partilhar.

Vasco Pompaelo*
Egoísmo proscrito
de qualquer motivação construtiva.
depravado até na maneira
que cobre a lógica.
Que belo sadismo cultural
ataca estes piratas sensoriais.
Concluo que é assim que queres viver.
Imagino que é assim que vais morrer.

Vasco Pompaelo*