Ilimitado albergue

Lanças esse cabelo no ar
na esperança de um dia voltar
a classe que em ti nunca soube morar,
por isso gentilmente te vou analizar.

Transportas o lixo de uma legião,
uma mente morta e sem contracção.
Afogando tua vida numa pia de ilusão
acabas com a lingua de fora como um cão.

E eu empenhado em ser alguém
com força e amor ao fazer-te bem.
Mas parece afinal que não vou sem
a falsa promessa de evitar o desdém.

Que preciosa atitude de enfraquecer
quem nada te deve ou ama sequer.
Assim a historia é contada para ver
o traste que respira e sai do teu ser.

Vaso Pompaelo*