Camaleão Sanguessuga

Entre uma porta de entrada
venenosa e uma saida
suicida,
hesito sobre a escapatoria
possivel.
Nunca o absoluto esteve tão
perto do abismo.
Acrostados como lapas a uma
rocha,
assim vivem, assim respiram.
Assim te tratam, assim se
alimentam.
Impunes à vida.
Impunes à morte.
Sentenciam nosso quotidiano da mesma
forma que anulam o pròprio.
O meu caminho torna-se
sombreado pela presença
de tal animal.
De proporções aberrantes de
estùpidez, trazem sabor amargo
à minha vida.
Tudo tem um limite.
tudo tem de ter um limite.

Vasco Pompaelo*