Perco a vontade 

de escolher

entre mim ou eu


A certeza com que

te abandonei

é tanta que só

tu não vês


Porque não queres

Porque não podes

Porque não mudas


Sofres da pior 

dependência


Emocional


Vasco Pompealo*

 O macaco endiabrado


Sem cinto

consinto

o impacto

do

absinto


Com brio

arrepio

o contacto

do teu

cio


Em vão

a sensação

do artefacto

da

solução


Em forma 

de reforma

do olfacto

que

norma


Constante 

e ofegante

é intacto

aberrante


Vasco Pompaelo*

 Apneia


Enquanto atacas

Eu aprendo

Porque não aprendes

Quando eu ataco


É na defesa 

Que perdes

Porque no ataque

Nunca ganhas


Assim evoluis

Ao andar para trás

Já que para a frente 

Não és capaz


Emancipaste

Ao andar para o egoísmo

A rastejar no individualismo


Falsa generosidade

Parada no tempo

A flutuar

Enquanto te afundas


Vasco Pompaelo*

Encontro-me enclausurado

Mas prestes a sair das amarras.

De algo podre. Maquiavélico.

Venenoso.

Salto fora desta épica 

viagem de autodestruição.

De uma cegueira iluminada

de manipulação.

Educativa.

Proscrita.

Falsidade nata.

Encoberta por siameses.

Fungos. Lapas.

Fartos.

A razão morta 

pela acçao 

torta.


Vasco Pompaelo*