Sinto-me desencontrado com
com aquilo que mais busco.
Procuro o desejo de querer
atrás de cada ambição,
nestes momentos em que a
insatisfação me apodera e
regula minha acção.
Ter-me ei
transformado num clone
de todos os meus desgostos?
Ou será que não passa
apenas de uma variação estrutural
da minha desgraça?
Quantas opções me são dadas
ao chegar a tal
movimento desconcertado?
Serão suficientes para me
levar a responder a todas
insuficiências do meu ser?
Algures, alguém, alguma vez
hei-de saber,
seja aonde, seja quem ou seja
quando,
pelo menos na minha morte
espero encontrar o porquê.
.
Vasco Pompaelo*