Frasco
Vou fechar num frasco sem
abertura essa dignidade rugosa
com que vais fazendo teu périplo.
Depois guardo num lugar qualquer
onde possa admirar com olhos
antroplógicos como se de um
espectáculo se tratassse.
Visivel por todos menos por ti,
perdes a desgraça que és,
que amas,
e que não desistes.
Sabes, para mim,
é gratificante.
Vasco Pompaelo*