Acalento,
sim acalento puder dizer que me arrependo.
Pois só com um arrependimento tão puro posso errar outra vez.
Não tenho medo ou preocupação.
Há erros que são farpas positivas numa tábua rasa de equilibrio.
É como regar um jardim murcho,
mas não desistes.
Não abandonas esse podre jovial.
Sim acalento,
acalento dar com a palma da mão aquilo que não posso dar com o coração.
Ele não bate ao meu ritmo,
bate ao ritmo da consciência solta de amarras e prisões.
É justa.
E pura.
E minha.
Vasco Pompaelo*
Enfim...

Enfim,
agora que fomos invadidos por estas criaturas que sofrem de anorexia mental,
não podemos ignorá-las.
Nem educá-las.
Nem queremos.
Partilhamos com elas o reles egoísmo social a que somos forçados a aderir.
Faz-nos sentir um parasita num conto de fadas.
Uma moda que nunca devia estar em voga.
Enfim,
o dia há-de chegar em que o efeito ricochete dessa bala doce
trarà a justiça cega do diabo.
Já sem calma e hipócrisia,
o verdadeiro fumo vencerá.
E certamente chegará envolvido numa capa negra com porte de coveiro.
Enfim,
só não paga pelo que faz,
aquele que deixou por fazer...
Vasco Pompaelo*
agora que fomos invadidos por estas criaturas que sofrem de anorexia mental,
não podemos ignorá-las.
Nem educá-las.
Nem queremos.
Partilhamos com elas o reles egoísmo social a que somos forçados a aderir.
Faz-nos sentir um parasita num conto de fadas.
Uma moda que nunca devia estar em voga.
Enfim,
o dia há-de chegar em que o efeito ricochete dessa bala doce
trarà a justiça cega do diabo.
Já sem calma e hipócrisia,
o verdadeiro fumo vencerá.
E certamente chegará envolvido numa capa negra com porte de coveiro.
Enfim,
só não paga pelo que faz,
aquele que deixou por fazer...
Vasco Pompaelo*
Assolado que eu estou por um sentimento que me é estranho. Algo que por mais que busque não encontro nada similar. Até as minhas gengivas estão a inchar perante tal ignorância que cerca o meu conhecimento desta estrada que chega a ser tortura. Procuro passo a passo trocar a minha posição por outra de menor dúvida. Eu só queria ser feliz e não ter que pagar por isso. Apenas apostar no investimento da alma. E depois perguntar a quem me observa o que vê. A resposta não tarda e em nada me desagrada. E porquê? Porque é falsa. É feita de engano. É feita para me fazer colher mais frutos nesta existência duvidosa. Já estou habituado. Não me incomoda. Nestes momentos acredito na minha fraqueza. Gosto de ser pisado. Insultado e até arrastado pela mais cruel familiar estocada. E enquanto o mundo roda e eu canto passeando, num único objectivo de enganar o tédio, as nuvens passam e o tempo corre na busca da súbita rajada de prazer que faz girar o próximo passo...
Vasco Pompaelo*
Vasco Pompaelo*
Babilónia
Ergue um templo á miséria,
Pois é là que me vais encontrar.
Convida também toda a galdéria,
Pois só com elas sei viver.
Decora o céu com sangue e vinho,
Pois carne pecadora me vais servir.
Constrói com silvas esse ninho,
Onde para te fazer mulher me vais pedir.
Bloqueia tudo aquilo que é amor,
Pois só sem ele aprendes a depravar.
Afasta então esse reles odor,
Pois nesta casa não se pode hesitar.
Vasco Pompaelo*
Pois é là que me vais encontrar.
Convida também toda a galdéria,
Pois só com elas sei viver.
Decora o céu com sangue e vinho,
Pois carne pecadora me vais servir.
Constrói com silvas esse ninho,
Onde para te fazer mulher me vais pedir.
Bloqueia tudo aquilo que é amor,
Pois só sem ele aprendes a depravar.
Afasta então esse reles odor,
Pois nesta casa não se pode hesitar.
Vasco Pompaelo*
Extracto social
Aplica em ti um aroma suportável.
Não queiras impressionar com alegorias perfumadas a lucidez.
Em disfarce vives sem atenção ao facto de que não se esconde o que está podre.
Nada escapa aos olfactos mais audazes nem às mentes mais capazes.
Depois, apareces com salpicos de jovialidade enganada por cataclismos existênciais.
Por isso a caneta escreve e obedece ao espasmo da mente, confiando em si a habilidade
de fazer descansar a consciência e seus inimigos.
Um emprego de emoções em algo tão íntimo faz cair a sustentação da alma.
Pela culpa causada, agarro-me á lógica.
Só ela me torna capaz de dirigir a seriedade casual.
Aquilo que no fundo nos prejudica mais que beneficia.
Sim, por vezes, o caminho certo é o rumo errado.
Adoro esses encontros de claustrofóbicas necessidades que chocam com a razão
e tornam as nossas acções timidas em armas de ataque.
É tudo uma reacção á inexistência.
Vasco Pompaelo*
Não queiras impressionar com alegorias perfumadas a lucidez.
Em disfarce vives sem atenção ao facto de que não se esconde o que está podre.
Nada escapa aos olfactos mais audazes nem às mentes mais capazes.
Depois, apareces com salpicos de jovialidade enganada por cataclismos existênciais.
Por isso a caneta escreve e obedece ao espasmo da mente, confiando em si a habilidade
de fazer descansar a consciência e seus inimigos.
Um emprego de emoções em algo tão íntimo faz cair a sustentação da alma.
Pela culpa causada, agarro-me á lógica.
Só ela me torna capaz de dirigir a seriedade casual.
Aquilo que no fundo nos prejudica mais que beneficia.
Sim, por vezes, o caminho certo é o rumo errado.
Adoro esses encontros de claustrofóbicas necessidades que chocam com a razão
e tornam as nossas acções timidas em armas de ataque.
É tudo uma reacção á inexistência.
Vasco Pompaelo*
Dogma
Após eclesiático momento de
inspiração,
Toda a fuga da rotina depende da
oração.
Em frente ao altar do ser
adorado,
Completa-se a vígília em busca do
amado.
Com um divino confessar abortado por
falta de fé,
Voçês fazem desse santuário aquilo
que não é.
Vasco Pompaelo*
inspiração,
Toda a fuga da rotina depende da
oração.
Em frente ao altar do ser
adorado,
Completa-se a vígília em busca do
amado.
Com um divino confessar abortado por
falta de fé,
Voçês fazem desse santuário aquilo
que não é.
Vasco Pompaelo*
Assinar:
Comentários (Atom)