Pós de forma
.
Em estado atónito,
quase póstumo,
costuro as fendas
num ávido esforço
de consciência.
É tudo que me
alimenta.
Uma trépida faúlha em
luta com uma vibração
constante de estática
residual.
Sem qualquer flacidez
de mórbidas posturas
que nem sempre se
devem evitar.
O escuro torna-se
um lugar iluminado
para a minha alma.
Uma outra porta para
as questões épicas
que se fazem á nossa
triste ética da medula.
Tudo que se põe em causa
é nossa vida,
e é lindo.
.
Vasco Pompaelo*