Ventos de paixão
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Não me importa caminhar no fogo
Mas só se for o teu.
Não tenhas medo do desafogo
Mas aceita este só meu.

Não vejas a minha sã fraqueza
De te querer só para mim.
Procura nesta vontade ilesa
Uma honestidade sem fim.

Aplica no teu coração
A mais simples espada real.
Está tudo na tua mão
Elevares ao céu este meu mal.

Apressa-te apenas a ver
De que é feito este estado.
Pois os dois podemos perder
O que um ao outro podiamos ter dado.
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Vasco Pompaelo*