Incondicional mente

Apanágio de um momento
No qual eu nem me sento
Com o cú dorido deste assento
No qual não caibo nem aguento

Tem o teu cheiro e o teu suor
Dessa rata que nunca viu calor
Nem nunca sentiu o ardor
De um bargalho cheio de fervor

Disparas o sim e não não
Como uma formiga vê um anão
Que nem uma lima sente o pilão
Como o comboio quando chega á estação

Peito para fora
Barriga para dentro
Rabo para fora
Guiada por esse cérebro de jumento

Por favor não pares agora
Que eu não mais aguento
Mal vejo eu a hora
De to meter lá dentro

Vasco Pompaelo*