Montra judicial

Deixa-me irritar-te
como só eu sei.
Criar aquela áspera
sensação de que só
queres o meu mal.
Gotas de raiva como
uma chuva de verão
que acaba por saber
bem.
Quero aquela expressão
de desprezo como
se o mundo me
odiasse.
Vivo a instabilidade em beijos
caóticos de julgamentos
precoces da sanidade
clonada que adquiri.

Vasco Pompaelo*