
O meu pequeno e clássico quarto
Luz, não quero luz.
Não me tirem esta escuridão
Que tanto preciso, tanto quero.
É este o meu rumo.
Esta a minha rota.
Quando me cruzo comigo
Vejo bem a minha expressão.
Nada me consome mas tudo me atinge.
Não quero ser orfão de mim mesmo.
Até aos fins dos meus dias
Espero puder ir um pouco mais além.
Pois a vida não tem sentido
Se não te puderes arruinar um pouco.
V. Pompaelo*
V. Pompaelo*